22 de fev. de 2013

Então? vamos falar de cinema? Os Miseráveis


Os Miseráveis é um filme dos gêneros musical e drama, que chegou aos cinemas brasileiros no dia 1° de fevereiro desse ano. Minhas experiências com musicais, até então, eram do tipo do tipo High School Musical Mama Mia, no entanto, após assistir Os Miseráveis, percebi que nunca tinha assistido a um musical.

Sim! Ao contrário desses filmes citados (que eu gosto, não me entendam mal), em Les Miserables, a música está presente do início ao fim, sendo o elemento principal para se contar a história. Ela é usada para revelar os pensamentos das personagens, seus sonhos, temores, suas orações, e principalmente os diálogos entre eles. Ou seja, é TUDO cantado. Em uma ou outra cena, os atores falam, mas não é mais que duas ou três palavras. Isso, é claro, incomoda muita gente, mas, não me incomodou, pelo contrário, me encantou!


Elenco: Hugh Jackman, Russell Crowe, Anne Hathaway, Amanda Seyfried, Samantha Barks, Edie Redmayne, Aaron Tiveit, Sasha Baron Cohen, Helena Bonham Carter, Daniel Huttlestone, Isabelle Allen
Direção: Tom Hooper
Gênero: Musical/Drama
Duração:  150 minutos
 
Sinopse: Adaptação de musical da Broadway, que por sua vez foi inspirado em clássica obra do escritor Victor Hugo. A história se passa em plena Revolução Francesa do século XIX. Jean Valjean (Hugh Jackman) rouba um pão para alimentar a irmã mais nova e acaba sendo preso por isso. Solto tempos depois, ele tentará recomeçar sua vida e se redimir. Ao mesmo tempo em que tenta fugir da perseguição do inspetor Javert (Russell Crowe).





No fim do ano tenho o costume de ver as listas de filme que estrearão no Brasil  no ano seguinte, e foi assim, que no fim do ano passado, fiquei sabendo da estreia de Les Mis (como é popularmente chamado no exterior). Desde então tenho acompanhado as novidades, críticas e notícias que saem na internet sobre o filme.
Confesso que o que me chamou a atenção em primeiro lugar, foi ele ser estrelado por Hugh Jackman (sou muito fã dele!), depois os trailers, que só aumentaram a minha vontade de assistir, assim como algumas resenhas sobre o livro que inspirou o filme. Então, quando assisti ao filme, soube logo na primeira cena que não iria me arrepender.

♫Look down, Look down Don't look'em in the eye/ Look down, Look down You're here until you die♫

Os Miseráveis consegue falar de romance, revolução, amor, justiça e em certas partes, até nos faz rir. Com cenas fortes e emocionantes, atores cantando ao vivo em um cenário belíssimo, temos em vários momentos a sensação de estar em um teatro. E em meio a amores não correspondidos e sonhos destruídos, a dor e a alegria das personagens tornam-se reais, quase tangíveis até. 

O elenco não poderia ser melhor. Não são só bons atores e atrizes, são ótimos cantores. E o fato de terem cantado ao vivo durante as gravações, faz com que as interpretações sejam mais verdadeiras: as pausas, os soluços, os lábios tremendo, tudo contribuindo para que o espectador se sinta cada vez mais imerso no universo da trama.

♫I had a dream my life wold be so different from this hell I'm living... Now life has killed the dream/ I dreamed a dream♫


Hugh Jackaman, como ele próprio disse, fez o papel mais complexo de sua carreira. E na minha opinião, merece ganhar o Oscar de melhor ator. Quem também merece levar pra casa a tão cobiçada estatueta, é Anne Hathaway. É impossível não se emocionar com a sua interpretação de I Dreamed a Dream. Anne consegue transmitir todo o sentimento embutido na lentra, toda a dor da personagem em cada nota. Sinceramente, somente alguém com sentimentos de uma pedra não se emociona com a cena. #prontofalei

Belatrix Lestrange ou Helena Bonham Carter (não consigo chamá-la assim), me surpreendeu. Afinal, você passa a vida ouvindo a pessoa cantar "eu matei Cirius Black/eu matei CiriusvBlack/eu matei Cirius Black",  fica difícil imaginar que possa cantar outra coisa. Enfim, Belatrix/Helena e  Sasha Baron Cohen (que são um casal no longa), nos fazem rir do lado cômico da pobreza e da esperteza humana.

As crianças, Daniel Huttlestone e Isabelle Allen, são puro talento. Cantam e encantam no filme. Assim como no teatro, onde foram descobertas.
Samantha Barks interpretando On my Own, me fez ter uma outra concepção de amor platônico: mais forte e mais triste. Na verdade, o único que não me agradou muito foi Russell Crowe. A voz dele me incomodou um pouco.


No mais, Tom Hooper sabia o que estava fazendo. A construção das cenas, as tomadas aéreas na transição de um tempo para o outro (perfeitas), atores cantando ao vivo, canções diferentes que se encontram na em uma mesma melodia, enfim, um conjunto de elementos que contribuíram para que o filme fosse um espetáculo intenso e comovente. Penso que depois de Hooper, os musicais nunca mais serão os mesmos.



  Trailer

                    




8 comentários:

  1. Concerteza é um musical diferente do que todos estão acostumados. Só de olhar a pobre da Anne Hathaway perdendo os cabelos.. já dá vontade de chorar!

    O filme parece ser forte e ao mesmo tempo delicado.... gostei do trailer e vou tentar assisti-lo nesse final de semana xDDD

    bjokas

    Roberta Sheyler
    http://sonhosliterario.blogspot.com.br/2013/02/resenha-interligados-aden-stone-e.html

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    1. Roberta você não vai se arrepender. O filme é perfeito. Pena não ter ganho o Oscar.

      Bjos

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  2. Tá de parabéns Ju, melhor resenha de todas! =)

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  3. Não vi esse filme ainda, nem li o livro (infelizmente), mas foi indicado ao Oscar, é um classico e pelo que sei tem a Anne que me marca pelo fato de só fazer bons filmes. O que eu estou esperando para ver? Nem eu sei. Kkk

    memorias-de-leitura.blogspot.com

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    1. O filme é muito bom Gabriela e, pelo que ouvi falar do livro ele também parece ser ótimo!
      Quanto as indicações ao Oscar, a Anne ter vencido foi a melhor parte, porque dos outros prêmios importantes aos quais foi indicado não venceu nenhum. =/ Uma pena!

      Bjo

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  4. Eu até fiquei interessado em ver este filme, mas fiquei um pouco receoso por ele não ser não apenas um musical mas quase uma ópera, sabe aquele show onde as pessoas cantam do começo ao fim sem pausa, poisé, achei que ficaria cansativo vê-lo no cinema, então achei melhor esperar. Mas até lá quem sabe eu não dou sorte e consigo obter o livro primeiro, assim posso ver se aprecio ou não a história e decido de uma vez se assisto o bendito filme ou não.
    Boa crítica.
    Abraços.

    http://viciadoemlivrosefilmes.blogspot.com/

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    1. Rodrigo acredite: a última coisa que "Os Miseráveis" é, é cansativo! As músicas acrescentam muito ao filme, ele fica muito rico.

      Abraços!

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