5 de nov. de 2012

Resenha: Cinquenta tons de cinza

Título: Cinquenta Tons de Cinza
Autora: E.L. James
Editora: Íntriseca

Comecei a ler o livro por que senti que era quase um desafio. Além é claro, do fato de ser o livro mais comentado do momento. Li críticas positivas e negativas. Ouvi comentários do tipo "menina que for ler esse livro tem que ter muito estômago", "é um livro muito pesado". Li até uma resenha que dizia que se fosse realmente ler o livro era para pensar bem antes de fazê-lo. Enfim, pensando bem e até com certo receio, comecei a leitura, na internet mesmo e na versão de Portugal. Mas não resisti e acabei comprando o livro. E não me arrependo.

O livro é narrado em primeira pessoa pela protagonista, Anastacia Steele. Uma jovem de 21 anos, pálida, virgem_ praticamente BV, diga-se de passagem, ingênua e prestes a se formar em literatura.


Ana tinha uma vida normal até sua amiga Kate_ com quem dividia o apartamento_ ficar gripada e lhe pedir que fosse entrevistar o jovem bilionário Christian Grey, em seu lugar. Logo nesse primeiro encontro, Ana se sente atraída por Grey_ isso depois de cair estatelada de quatro no escritório dele. Que também sente uma forte atração ela. 

Após alguns encontros "casuais", eles começam a se conhecer melhor, e a Srta. Steele vai descobrindo que além de lindo, atraente (muito atraente), milionário, muito gostoso, Christian é praticante de BDSM (Bondage e Disciplina, Dominação e Submissão, Sadismo e Masoquismo). Além de ter um passado triste e misterioso. 

Ana também passa a se conhecer melhor, conhecer seu corpo e experimentar sensações completamente novas. Até então, ela não sabia o que era se sentir excitada por um homem_ o que passa acontecer quase toda vez que Christian lhe dirige o olhar. Ele, por sua vez, descobre o que é estar apaixonado, e como isso podia mexer tanto com seu mundo. Juntos, eles vivem várias primeiras vezes.

“_Nunca tinha dormido com ninguém, nunca tinha tido relações sexuais em minha cama, nunca tinha levado uma garota no Charlie Tango e nunca tinha apresentado uma mulher para a minha mãe. O que você está fazendo comigo?_ A intensidade de seus olhos ardentes me corta a respiração.”  Christian


E.L. James, não é a pior escritora do mundo, como dizem por aí. Ela conduz a narrativa muito bem, prende a atenção do leitor. É claro que tem pontos negativos, como o fato da Anastascia pensar demais em coisas desnecessárias, a ponto da sua mãe lhe dizer para parar com isso. Não que pensar seja errado. O problema é que ela para pensar e analisar tudo. O cara diz “Oi”, e ela precisa de um espaço para parar e analisar a forma como ele disse “Oi”.
 


 “_Faça o que o seu coração mandar, querida, e, por favor, por favor, tente não pensar demais nas coisas. Relaxe e aproveite a vida. Você é muito jovem, querida. Ainda tem muito que viver, simplesmente deixe rolar. Você merece o melhor de tudo _ cochicha ela em meu ouvido, suas palavras sinceras sendo reconfortantes, e beija meu cabelo.”

Mas um ponto que também foi fortemente criticado_ e eu gostei bastante, são os diálogos entre Ana e seu inconsciente. Que dão até mesmo um tom de humor a certos pontos da narrativa. Ao contrário de sua deusa interior, que eu achei um saco.


"(...) Meu inconsciente acordou. Está me olhando com os lábios contraídos, batende o pé. Então, você acabou de dormir com ele, de entregar sua virgindade a ele, um homem que não a ama. Aliás, ele tem ideias muito estranhas a seu respeito, quer fazer de você uma espécie de submissa. Está maluca? Grita comigo?"

As mudanças repentinas de humor de Christian e sua obsessão por controle, chegam a tirar a gente do sério. É bem difícil saber o que ele quer às vezes.

"_Você disse não.(Christian)
 _ O quê? Não para o quê?(Ana)
 _ Na mesa de jantar, com suas pernas.
 Ah... então é sobre isso.
 _Mas nós estávamos na mesa de jantar dos seus pais. _Eu olho para ele, completamente perdida.
 _Ninguém nunca disse não para mim antes. E é tão... quente. (...)"


Alguns parágrafos depois, na mesma cena:


"(...) _Eu quero você, eu te quero agora. E se você não vai me deixar te dar umas palmadas... que você merece... eu vou te foder neste sofá neste minuto, rapidamente, para o meu prazer, não seu."


As cenas de sexo, são muitas sim. Mas a novela também tem, e ninguém acha ruim. Exageradas? Tendo em vista que estamos falando de um livro de romance, não. Talvez um pouco cansativas neh. Já que sexo parece a única coisa que eles sabem fazer. O sadomasoquismo é mínimo. Pela forma como as pessoas estavam falando, esperava bem mais.

Muito tem se ouvido sobre a adaptação do livro para o cinema. Inclusive que a Universal já teria adquirido os direitos. Se realmente acontecer, torço para que os escolhidos para os papéis principais, sejam o Ian Somerhalder (He is perfect!), e apesar de ser muito fã da Emma Watson, fico com a Alexis Bledel pela semelhança que ela tem com a Anastacia.



 



Se você curte livros de romance, Cinquenta tons de cinza é um que vale muito à pena ser lido. Tem até trilha sonora. Sim. Estou cansada de ler livros em que determinado momento tocava uma música suave, que nunca é revelada. E.L. James ao contrário, nos fornece uma playlist que vai de Sex on fire - Kings of Leon às Bachianas Brasileiras de Villa Lobos.



Kiss bye!
                                                                                                                  

9 comentários:

  1. Uii adorei a resenha. Agora sim que eu quero ler ele mesmo, depois de tanta sensura haushua

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. haha Voc vai gostar Iara. É muito bom. Só não se esquece que vai pro mámore depois. rsrsrs

      Brigada pelo coments!

      Excluir
  2. Sua resenha muito perfeita do livro.
    Já li toda a trilogia e confesso AMO!!!!!(KKKKKKK)
    O Ian daria um ótimo(não excelente Grey)Agora a Anastacia não achei muito legal.Mas valeu sua iniciativa de perspectiva de personagens.


    Parabéns

    Beijokas Ana Zuky

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Ah Ana eu estou no segundo livro, mas parece que não vai acabar nunca!
      Assisti uns episódios de White Collar e agora estou em dúvida entre o Matt e o Ian. Apesar do Ian ter uma vantagem_que eu considero muito importante, que o sorriso torto perfeito! Rsrsrs

      Obrigada Ana!

      Bjos inté!

      Excluir
  3. Este comentário foi removido pelo autor.

    ResponderExcluir
  4. Eu sinceramente não tenho vontade nenhuma de ler esse livro. Não pelo fato de ser voltado para o público menino (livro é livro e sempre te acrescenta em algo) mas pelo fato de ter visto várias resenhas que dizem que a escrita dela não é muito legal. A narrativa pode até ser bem desenvolvida, mas o vocabulário e maneira que ela "força" alguns diálogos me motivaram a nem começar a leitura. Gostei muito das observações que fez, principalmente sobre os diálogos com a "deusa interior" que muitas pessoas acham que é algo meio "fumei maconha" mas na verdade, pelo que autora diz, tende mais pelo lado do humor. Quem sabe um dia que não tiver mais nenhum livro para ler a não ser esse eu não animo!? Hahahaha

    Abraços,
    Matheus Braga
    Vida de Leitor - http://vidadeleitor.blogspot.com.br/

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Olá Matheus!
      Esse primeiro livro ainda dá pra ler. Mesmo com todos os seus defeitos. Agora, o segundo, ninguém merece. É uma enrolação, um lenga lenga sem fim. Mas há quem tenha gostado e, mesmo com tantas resenhas negativas, é bom ler, talvez você se surpreenda.

      Bjps

      Excluir
  5. Adorei a resenha...
    Estou nessa indecisão do leio ou não leio, mais acho que vou comprar o box com os três livros e me jogar de cabeça.

    Acho que o que me para é ser uma historia um tanto "polemica" só que isso ao mesmo tempo me atrai, vai entender neh!

    Beijinhos
    http://osuficientee.blogspot.com

    ResponderExcluir
    Respostas
    1. Oi Thaiza! Tudo bom?

      Olha não te aconselho a comprar o box porque eu por ex., detestei o segundo livro e nem vou me o trabalho de o terceiro (pelo menos não por enquanto).

      Bjos

      Excluir