“'Tudo o que você era, a vida que você tinha, as pessoas que você conhecia… poeira.' Ela balança a cabeça e diz, um pouquinho mais firme: 'Não existe antes. Só existe agora, e o que vem depois.”
Graúna - Pandemônio
Autora: Lauren Oliver
Editora: Íntriseca
Sinopse: Na série distópica Delírio, Lauren Oliver apresenta uma sociedade em que o amor é considerado uma doença fatal que, para o bem de todos, já pode ser curada pela ciência. Para tratar o amor deliria nervosa, o mais mortal dos males, o governo determina que todos os cidadãos se submetam a uma intervenção cirúrgica ao completarem 18 anos. Livres do sentimento, eles passam a ter uma vida perfeita, sem surpresas ou fortes emoções. Após a cura, cada cidadão é direcionado pelo governo para uma faculdade e lhe é designado um parceiro adequado que o acompanhará por toda a vida.
Em Pandemônio, o segundo livro da série, Lena Haloway está dividida entre o "antes"- que mostra seu sofrimento por ter perdido Alex ao mesmo tempo que precisa se transformar em alguém forte o suficiente para sobreviver na Selva - e o "agora", seu cotidiano infiltrada na cidade como integrante da Resistência. Ela terá que lutar contra um sistema cada vez mais repressor, sem, porém, se transformar em um zumbi: modo com os Inválidos se referem aos curados. E não importa o quanto o governo tema as emoções: as faíscas da revolta pouco a pouco incendeiam a sociedade, vidas de todos os lugares... inclusive de dentro.
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Se no primeiro livro da série, Delírio, eu só me empolguei no final,
isso só podia ser um aviso de que o segundo livro seria bom. E foi.
Pandemônio se inicia a partir do fim do primeiro livro, em um momento
eletrizante e decisivo para a vida da personagem principal, Lena. Todo o
desenrolar da trama vai depender desse primeiro acontecimento, onde Lena
consegue cruzar a fronteira da Selva. Mas a fuga não foi bem sucedida, Alex
teve de se sacrificar em prol da liberdade de Lena.
O livro é dividido em duas partes o Antes: quando Lena está
perdida na Selva, vagando sem saber onde está. E o Agora: quando
Lena já se restabeleceu e está infiltrada em uma associação de Nova York
conhecida como ASD (América Sem Deliria), que é liderada por Thomas Fineman. A
missão de Lena é se aproximar de Julian
Fineman (filho de Thomas), e isso ocorre em uma reunião da ASD, quando Lena é sequestrada junto
com Julian. O que rende muitos capítulos na trama.
Lauren Oliver consegue trazer para a estória, emoção e ação que na minha
opinião não teve no primeiro. Pandemônio é
emocionante, apesar de algumas passagens do Antes serem bem
chatinhas, mas é necessário para entendermos como ela chegou onde está. Além disso, Lena está mais forte, determinada e sagaz. Sabe o quer e faz o que for preciso pra conseguir. E os novos personagens da trama, são um ponto forte também, com seus passados de fardos pesados superações, assim como Lena, não sabem o que lhes aguarda no futuro.
Super
indico o livro, valeu cada dia de espera pela continuação. E o fim é
emocionante, um pouco clichê. Mas o que é a vida sem os clichês né?! Já estou ansiosa pelo próximo,
que não tem data para o lançamento. Triste!
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Quotes:
“Não nasço de repente, a nova Lena.
Passo a passo - e depois, centímetro a
centímetro.
Engatinho, as entranhas retorcidas, virando
pó, a boca cheia do gosto de fumaça.
Unha por unha, como uma minhoca.
É assim que ela vem ao mundo, a nova
Lena.”
“Uma vez li sobre um tipo de fungo que cresce em árvores. O fungo
começa a invadir o sistema que leva água das raízes aos galhos, inutilizando-os
um a um, dominando-os. Em pouco tempo o fungo, e apenas o fungo, está levando a
água, os nutrientes e tudo o mais que a árvore precisa para sobreviver. Ao
mesmo tempo em que decompõe a árvore lentamente por dentro, apodrecendo-a
minuto a minuto.
O ódio é isso. Alimenta você e ao mesmo tempo
o faz apodrecer.
É um sentimento difícil, profundo e inflexível
um sistema de bloqueios. É tudo inteiro.
O ódio é um torre alta. Na Selva, começo a
construí-la e a escalar.”
“Em lugares não regulamentados, cada história tem um propósito.
Mas livros proibidos são mais que isso. Alguns são como teias; podemos sentir o
caminho que traçam com seus fios, de leve, até cantos estranhos e escuros.
Alguns são balões subindo para o céu: completamente independentes, e também
inalcançáveis, mas belos de se verem. E alguns deles, os
melhores, são portas.”
“Uma vez que você deixa as palavras saírem, uma
vez que você as deixa criarem raízes, elas só vão se espalhar como um mofo em
todos os seus cantos e lugares escuros—e, com ele, as perguntas, os trêmulos e
estilhaçados medos, o suficiente para te manter acordada permanentemente.”
“Pegue algo de nós, e pegaremos de volta. Roube de nós, e
roubaremos tudo de você. Se nos pressionar, vamos bater. É assim que o mundo
funciona agora.”
Ps: os quotes são por minha conta, Rsrs (Ju)
Também achei ótima a continuação. O primeiro é um pouco parado, mas o final deixa aquele gancho sofrido, ne... gostei muito de Pandemônio, exceto por aquele detalhe no final... eu torcia tanto pela criatura, mas depois não torcia mais, e daí ela... enfim, vc sabe, ne? rs :)
ResponderExcluirssentrelivros.blogspot.com.br
Sim, o detalhe no final também não me agradou muito. E infelizmente acho que o terceiro livro corre o risco de virar a clássica história de triângulo amoroso.
ResponderExcluirVamos torcer pra que não.
Bjos
Obrigada pela visita.